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Série III / Anno 3 / Número 1
1928
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Inicia-se com o presente fascículo o volume XVIII da «Revista de Química Pura e Aplicada», fundada em 1905 pelo nosso Grande e nunca esquecido Mestre, Dr. Ferreira da Silva, publicação consa-grada que, desde 1912, passou a ser o Boletim da «Sociedade de Química Portuguesa», fundada um ano antes, e a partir de 1917 a publicação oficial da mesma e da Secção de Física com que foi ampliada. È hoje o órgão scientífico da «Sociedade Portuguesa de Química e Física», conforme a organização estatutária que em 1927 fundiu numa só, e no mesmo pé de igualdade, a já então florescente Sociedade de Química com a incipiente Secção de Física que lhe estava anexa desde 1917.
Sessão solene promovida pela Sociedade de Química e de Física, sôb o patrocínio da Academia de Sciências de Lisboa, no dia 4 de Fevereiro de 1928. A Sociedade Portuguesa de Química e Física, não podia passar despercebida a comemoração do 1.° centenário do nascimento da grande figura da Sciência Química que foi Marcelino Berthelot.
De três índoles são as classificações hidrológicas, vulgarmente aceites. Nas classificações geológicas toma-se como critério funda-mental a natureza petrográfica do perímetro hidrológico e a termalidade; a litologia da zona de captação da água explicaria a presença das substâncias mineralizantes numa certa nascente. Nas classificações químicas repartem-se as águas minerais compulsando apenas os resultados analíticos dos respectivos ensaios. Nas classificações terapêuticas adopta-se como base taxonómica a especificidade das águas para o tratamento profilático desta ou daquela afecção. t E natural que assim tenha sucedido: o geólogo considera as rochas de que emerge a água, o médico as virtudes terapêuticas desta e o químico a composição química.
Convidados pela Emprêsa das Aguas de Entre-os-Rios (Tôrre) para procedermos à determinação da radioactividade das águas provenientes das nascentes da Tôrre c de Casas Novas, partimos para o Pôrto na manhã do dia 5 de Abril, munidos do material indispensável, para colheita de amostras e para o estudo dessas águas in loco. Do Pôrto para Entre-os-Rios fomos acompanhados pelo abalisado clínico. Sr. Dr. Albino Moreira de Sousa Baptista e pelo ilustre professor de química das Faculdades de Sciências e Engenharia da Universidade do Pôrto. Doutor Pereira Salgado
Proposta apresentada à Sociedade de Química e Física (Núcleo do Pôrto) em sessão de i6 de Março de 1927. Aproveito a ocasião de se acabar de organizar e fortalecer esta Sociedade pela elevação da Secção de Física, em 1918, anexada provisoriamente à Sociedade de Química, ao nível da secção de quí-mica, criada em 1911, constituindo agora uma Sociedade de Quí-mica e Física, para renovar uma proposta que aos cultores das duas sciências irmãs deve interessar. Trata-se da unificação da nomen-clatura das sciências físico-químicas, para que em 1918, numa reünião idêntica a esta, tive a honra de chamar a atenção dos ilustres consócios, apresentando uma proposta que, com prazer, vi ter geral aceitação.
Tratado de fisica. Por L. Graetz, professor da Universidade de Munich; traduzido da ,.a edição por J. CABRERA, professor da Universidade Zaragoza - Um vol. em 8.0, com VIII + 582 páginas e 285 gravuras. Editor, Manuel Marin - Barcelona, 1925. - Preço em brochura, 20 pesetas. Alguns editores do pais vizinho, entre Sles o sr. M. Marin, estão empenhados em fazer enriquecer a literatura scientifica espanhola com a tradução de boas obras de outros países, sobretudo daqueles cuja lingua é menos vulgarmente conhecida. Com isso também nós portugueses lucramos, enquanto os nossos editores se não abalançam a empresa idêntica.
OREST D. CHWOLSON - Scientia - Analise des gaz par mesure de la conductabilité termique - Le controle du pH dans l''industrie sucrière - L. Bartbe - G. Florence
Sob a presidência do Sr. Prof. Dr. Alberto de Aguiar, secretariado pelos Srs. Prof. Dr. José Pereira Salgado e Prof. Dr. Alvaro Machado, reuniu na Sala de Química da Faculdade Sciências a Assembleia Geral desta Sociedade. Abriu a sessão às 17 horas estando presentes os Srs. Dr. Abílio Barreiro, Eng o José Joaquim Ferreira da Silva, Dr. António Cardoso Fânzeres, Major de Engenharia António Joaquim Ferreira da Silva, Dr. António Mendonça Monteiro Eng.o Albano Pacheco Coelho, Dr. Manuel Freitas Veloso, Dr. Jorge Coutinho Lemos Ferreira, António Augusto Gomes e Eng.o Henrique Serrano.
As pressões estão expressas em milibares (1mb= 0,75 m,m) e unicamente reduzidas a 0º. As temperaturas média, máxima e mínima são determinadas por termómetros colocados num abrigo inglês à altura de 1,5m acima do solo. Os termómetros de relva estão expostos à acção dos raios solares. As velocidades média e máxima do vento são determinadas por um anemómetro do tipo Robinson, utilisando-se um anemómetro Steffens de pressão para determinar a rajada máxima e o respectivo rumo.